sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O BOM SAMARITANO


Refletindo sobre o relato do Bom Samaritano, narrado por Jesus nos Evangelhos, Martin Luther King Jr. ressalta que três fatores distinguem o comportamento do samaritano, tornando-o “a consciência da humanidade”. Em primeiro lugar, seu altruísmo era universal; ele não se importou com a raça, a religião ou a nacionalidade da vítima, importou-se apenas com o fato de tratar-se de um ser humano necessitado de cuidados.
Segundo, o altruísmo do samaritano era perigoso. Ele colocou-se em risco porque a estrada de Jerusalém era notória pelos assaltantes e ladrões. Contorcia-se por mais de trinta quilômetros pelas montanhas e havia muitos locais onde uma pessoa podia sofrer uma emboscada ou ser atacada.
Finalmente, o altruísmo do samaritano era excessivo. Ele lavou e cobriu os ferimentos do homem com suas próprias mãos. Ao invés de pedir ajuda, levou o homem para uma estalagem sozinho e deu duas moedas de prata por seu alojamento – o equivalente a dois dias de trabalho do homem médio, e o suficiente para pagar cerca de um mês na estalagem. Até ofereceu-se para voltar e dar mais dinheiro se o dono da estalagem tivesse alguma despesa extra. Ao fazer tudo isso, o samaritano foi muito além do que era exigido dele por lei ou por qualquer padrão de moralidade. Ele foi motivado pelo amor.


Michael Lynberg. Faça de cada dia uma obra-prima. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.  p. 192. Adaptado.

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