terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Violência e Desejo

Por Jung Mo Sung

      Muitos ainda associam a violência à pobreza e ficam assustados e perplexos diante do aumento da violência nas sociedades ricas, nas cidades mais ricas do nosso país e também entre as pessoas da classe média e alta.
      Eu quero propor uma reflexão sobre isto a partir do binômio desejo e violência. Uma das características do ser humano é o fato de ser um ser desejante. O que nos move não é tanto as necessidades, mas os desejos. O problema é que nós não sabemos bem o que desejar concretamente. Precisamos de modelos de desejo que nos indiquem. Isto é, nós imitamos os desejos dos nossos modelos.
      É por isso, por exemplo, que Michael Jordan ganha tanto dinheiro: para mostrar aos seus fãs o que desejar, isto é, o que comprar. Nós queremos ser como o nosso modelo e por isso queremos ter o que o nosso modelo de desejo tem ou deseja. Esta é a razão pela qual nós tanto ansiamos consumir e acabamos sempre comprando mais do que seria razoável, pois no fundo estamos buscando ser mais.
      Quando desejamos algo ou alguém porque uma outra pessoa deseja, nós entramos em uma relação triangular. O objeto de desejo se torna escasso em relação às pessoas desejantes e com isso se estabelece um conflito entre elas na busca do objeto desejado. É a escassez e este conflito que reforçam o nosso desejo por este objeto.
      Nas sociedades antigas havia um certo controle destes conflitos através dos tabus e normas morais. A sociedade moderna modificou radicalmente esta questão ao se apresentar como capaz de superar este conflito com a produção “ilimitada” de bens e de objetos de desejos. Com isso estimula as pessoas a desejarem cada vez mais e a lutarem pelo seu “direito” de realizar todos os seus desejos. Só que as pessoas desejam algo não só porque é bom “em si”, mas porque outras pessoas também desejam.
      Sendo assim, os outros aparecem como rivais a serem derrotados. Um outro limitador da realização do desejo é a falta de dinheiro para satisfazer todos os desejos de ter/comprar. Os outros e a falta de dinheiro aparecem como os “culpados” pela minha frustração de não realizar o desejo de consumir/ter cada novo objeto de desejo apresentado pelo mercado. E esta frustração, como vimos, não é só não ter, mas tem a ver com o sentimento de não ser.
      Não é à toa que a violência aumenta entre nós e que cada vez mais as pessoas fazem “qualquer coisa” para conseguir não o necessário para viver, mas sim os seus objetos de desejo.
[SUNG, Jung Mo. Violência e desejo. Semeando: Pastoral Universitária. Bragança Paulista:
Universidade São Francisco, ano XVIII, mai./jun. 2000.]

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DESAFIO DOS 176 DIAS - SALMO 119:10

"Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos."
Salmos 119:10

 O Mapa e a Bússola
      O coração de todo viajante anseia chegar ao seu destino. Mesmo aqueles que seguem errantes têm um objetivo: um lugar diferente. A vida cristã é uma viagem. E o destino é glorioso: a Nova Jerusalém. As Escrituras afirmam que só há um caminho que conduz a esse Reino: Jesus Cristo.
      Deus providenciou um mapa e uma bússola para garantir que a nossa viagem será segura. A Bíblia apresenta o caminho e o lugar aonde chegaremos, e o Espírito Santo nos orienta, a fim de que não nos percamos.
Oração: Santo Espírito de Deus, guia-me pelo caminho da santidade e leva-me até a presença do Altíssimo.
Curta e compartilhe os textos que falam de Deus!

CLASSIFICAÇÃO DE PAÍSES POR PERSEGUIÇÃO


 Neste mapa você encontra os 50 países que estão entre os mais opressores ao cristianismo e à liberdade religiosa. Atualizada a cada ano, a lista classifica a situação no país através de uma análise que leva em consideração os seguintes fatores:
• Situação legal dos cristãos no país
• Atitude do regime político em relação à comunidade cristã
• Liberdade da Igreja para organizar eventos
• Papel da Igreja na sociedade
• Tratamento de cristãos considerados individualmente
• Outros fatores limitadores da vida de igrejas e cristãos
Ao chegar em um país, a Portas Abertas procura os cristãos locais e lhes pergunta como pode ajudá-los. Em 95% dos casos, esses cristãos pedem oração. O segundo pedido sempre é por Bíblias, materiais de estudo e treinamento.
O valor fundamental deste levantamento é uma forma de determinar onde a necessidade de ajuda é mais urgente.
Acesse o link Missão Portas Abertas  para baixar arquivos e divulgar em sua igreja local.

A fé de um ex-crente


Um ex-crente estava numa reunião familiar. Os irmãos começaram a citar seus versículos preferidos, ele, então, proferiu sua fé:

- Quando o Senhor era o meu pastor nada me faltava.

domingo, 22 de janeiro de 2012

IMPERFEIÇÕES


Diante das nossas imperfeições só nos resta dar as mãos e caminhar juntos em direção Àquele que é Perfeito: JESUS!
Só nos resta orar juntos suplicando ao Pai misericórdia.
Só nos resta celebrar juntos a Graça em Cristo Jesus.
Só nos resta dar suporte um ao outro para que juntos vençamos o Maligno.
Só nos resta amar o outro como Aba nos ama.
Só nos resta perdoar o outro como Jesus nos perdoa.
Só nos resta viver juntos em Amor sincero.
Só nos resta compartilhar a Alegria da Aceitação.
Só nos resta conviver em Paz com as imperfeições alheias.
Sendo todos imperfeitos só nos resta seguir juntos!
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tem amado a eles como me tens amado a mim. (João 17:23)
Por Joel Souza, um imperfeito.

O CUSTO DA RIQUEZA

Compartilho com você um resumo do conto de Leon tolstoi sobre o alto preço que o amor às riquezas cobra de seus amantes.

Não há grandeza onde não houver simplicidade, bondade e verdade. (Leon Tolstoi) 
Tolstoi ilustra esse desafio em sua história assombrosa “de quanta terra um homem precisa?” A história é sobre um camponês cujo objetivo na vida é possuir cada vez mais terras. Ele já possui uma fazenda do tamanho considerável, mas não é suficiente e ele deseja mais. Quando fica sabendo que o governo está praticamente doando tantas terras quanto uma pessoa a queira em outra parte do país, a fim de promover o crescimento da região, o camponês deixa temporariamente sua família e faz um alonga viagem em busca de fortuna.
            Ao chegar lá, fica sabendo as regras da transação: deve começar em um determinado ponto ao nascer do sol e correr ou caminhar mais longe que puder até o pôr-do-sol. Todas as terras dentro dos limites que ele atravessar serão suas, desde que ele consiga voltar antes do poente. Se não conseguir voltar a tempo, não ganha nenhuma terra e não terá a oportunidade de tentar outra vez.
            O camponês fica entusiasmado diante da oportunidade. Descansa o máximo que pode na noite anterior e, na manhã seguinte, quando a primeira lasca de sol surge no horizonte, ele parte num ritmo compassado para conserva as energias. Começa caminhando vigorosamente em direção ao norte para que possa ver o sol elevando-se à sua direita. Depois de seguir uma longa distância nessa direção, acha prudente virar para o leste. Mas a terra é tão rica e fértil que ele simplesmente quer ganhar mais, de modo que prossegue só mais um pouco para ampliar o terreno que vai reclamar.
            (...)
            O sol já está se pondo quando ele se volta para o oeste, no último trecho de sua jornada. O local de onde começou ainda é apenas um pontinho no horizonte; será uma corrida para ele conseguir chegar antes do final. Ele se arrasta pesadamente, mal conseguindo erguer cada perna. Finalmente, consegue divisar o lugar onde começou e os rostos das pessoas que lá estão. Elas riem dele.
            O sol se põe forte e cor de laranja; só mais alguns segundos. O exausto camponês esforça-se até a linha de chegada e cai exatamente quando os últimos raios de sol desaparecem no horizonte. Ele conseguiu. A terra lhe pertence. Mas sua vitória dura pouco, pois ali mesmo ele sucumbe de exaustão e morre.
Fonte: LYNBERG, Michael. Faça de cada dia uma obra-prima. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p.163.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Mateus 16:26-27


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Big Brother Brasil um Programa Imbecil

Esse é o tema do cordel composto por Antonio Barreto. O texto foi indicado por um amigo no facebook e julgo uma ótima descrição do papel do BBB na mídia brasileira.
E para quem gosta apenas do que é recomendado por especialistas segue o que disse o renomado teólogo Leonardo Boff em seu blog sobre o cordelista: “Tem gabarito e merece ser ouvido”. Curta e compartilhe!
Big Brother Brasil Um Programa imbecil
Autor:
Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

Fonte: Leonardo Boff wordpress