domingo, 22 de janeiro de 2012

O CUSTO DA RIQUEZA

Compartilho com você um resumo do conto de Leon tolstoi sobre o alto preço que o amor às riquezas cobra de seus amantes.

Não há grandeza onde não houver simplicidade, bondade e verdade. (Leon Tolstoi) 
Tolstoi ilustra esse desafio em sua história assombrosa “de quanta terra um homem precisa?” A história é sobre um camponês cujo objetivo na vida é possuir cada vez mais terras. Ele já possui uma fazenda do tamanho considerável, mas não é suficiente e ele deseja mais. Quando fica sabendo que o governo está praticamente doando tantas terras quanto uma pessoa a queira em outra parte do país, a fim de promover o crescimento da região, o camponês deixa temporariamente sua família e faz um alonga viagem em busca de fortuna.
            Ao chegar lá, fica sabendo as regras da transação: deve começar em um determinado ponto ao nascer do sol e correr ou caminhar mais longe que puder até o pôr-do-sol. Todas as terras dentro dos limites que ele atravessar serão suas, desde que ele consiga voltar antes do poente. Se não conseguir voltar a tempo, não ganha nenhuma terra e não terá a oportunidade de tentar outra vez.
            O camponês fica entusiasmado diante da oportunidade. Descansa o máximo que pode na noite anterior e, na manhã seguinte, quando a primeira lasca de sol surge no horizonte, ele parte num ritmo compassado para conserva as energias. Começa caminhando vigorosamente em direção ao norte para que possa ver o sol elevando-se à sua direita. Depois de seguir uma longa distância nessa direção, acha prudente virar para o leste. Mas a terra é tão rica e fértil que ele simplesmente quer ganhar mais, de modo que prossegue só mais um pouco para ampliar o terreno que vai reclamar.
            (...)
            O sol já está se pondo quando ele se volta para o oeste, no último trecho de sua jornada. O local de onde começou ainda é apenas um pontinho no horizonte; será uma corrida para ele conseguir chegar antes do final. Ele se arrasta pesadamente, mal conseguindo erguer cada perna. Finalmente, consegue divisar o lugar onde começou e os rostos das pessoas que lá estão. Elas riem dele.
            O sol se põe forte e cor de laranja; só mais alguns segundos. O exausto camponês esforça-se até a linha de chegada e cai exatamente quando os últimos raios de sol desaparecem no horizonte. Ele conseguiu. A terra lhe pertence. Mas sua vitória dura pouco, pois ali mesmo ele sucumbe de exaustão e morre.
Fonte: LYNBERG, Michael. Faça de cada dia uma obra-prima. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003, p.163.
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Mateus 16:26-27


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