“Não
prejudica os seus amigos.” (Salmo 15:3, NTLH)
“Nem
faz mal ao seu próximo.” (Salmo 15:3, ARC)
A vida em comunidade é
bastante desafiadora. Nossa natureza pecaminosa anseia sempre por mais e pelo
melhor, em detrimento das necessidades que o próximo também possui. Ao
tornar-se indiferente quanto à escassez que o outro tem enfrentado, a
possibilidade de compartilhamento é
intencionalmente abandonada, e nesse contexto o mal se instala.
Certa vez o pastor americano
e líder do movimento social antirracismo dos anos 60s, Martin Luther King
Jr. declarou: “O que me assusta não é o grito dos maus, mas o silêncio dos
bons”. Escolher não fazer o bem, também é mal perante os olhos de Deus. Fazer o
bem é uma questão de escolha. Fazer o mal também é uma escolha. Muitos podem
escolher ser indiferentes face às mazelas sociais, mas Deus não os terá como
inocentes nem convidados na habitação celestial.
A cada dia, mais homens e
mulheres são formatados desde tenra idade para serem competitivos. Competitividade
é a capacidade de rivalizar com os demais. Esse conceito torna o outro meu
adversário, meu inimigo.
A partir dessa noção
equivocada de que o outro é um rival, a aplicação de qualquer método para se
sobressair é justificada pela sede ou necessidade ilusória de ser visto como “o
vencedor”. Ainda que essa prática seja algo prejudicial ao próximo.
A sétima arte sempre
explorou bem a noção de golpe baixo entre os competidores. Uma cena do filme “O
grande Dragão Branco” com o ator belga Jean-Claude Van Damme, mostra um dos
competidores jogando areia nos olhos da personagem de Van Damme para que ele
fosse impedido de se defender dos golpes desferidos pelo adversário de luta num
torneio de artes marciais. Infelizmente, para muitos o golpe baixo é
justificável pela máxima: “o mundo é dos espertos”.
A vida cristã não é uma vida
de competição. A vida cristã é uma vida de comunhão. Não fomos chamados para
sermos rivais; fomos chamados para sermos irmãos. Não fomos convocados para
lutar uns contra os outros; mas sim convocados para amar uns aos outros.
O salmista indica que aquele
que deseja morar no Santo Monte jamais faz mal ao seu irmão, porque escolheu
fazer o bem. Esse filho de Deus, quando se encontra com o próximo, ama-o como a
si mesmo conscientemente. Esforça-se para tal. E se porventura é ofendido no
caminho, perdoa porque assim o Pai Nosso age. Por causa desse modo de nos
relacionarmos, o mundo saberá que somos filhos de Deus, porque amamos uns aos
outros. [João 13:35].
Por Joel S. Souza